quarta-feira, 18 de março de 2009


Achei esta no Blog da Gloria Perez, achei perfeita


A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

Miguezim de Princesa


I Peço à musa do improviso Que me dê inspiração,Ciência e sabedoria,Inteligência e razão,

Peço que Deus que me proteja Para falar de uma igreja Que comete aberração.


IIPelas fogueiras que arderam No tempo da Inquisição,Pelas mulheres queimadas Sem apelo ou compaixão,Pensava que o VaticanoTinha mudado de plano,Abolido a excomunhão.


IIIMas o bispo Dom José,Um homem conservador,Tratou com impiedade A vítima de um estuprador, Massacrada e abusada, Sofrida e violentada, Sem futuro e sem amor.


IV Depois que houve o estupro, A menina engravidou. Ela só tem nove anos, A Justiça autorizou Que a criança abortasse Antes que a vida brotasse Um fruto do desamor.


V O aborto, já previsto Na nossa legislação, Teve o apoio declarado Do ministro Temporão ,Que é médico bom e zeloso, E mostrou ser corajoso Ao enfrentar a questão.


VI Além de excomungar O ministro Temporão, Dom José excomungou Da menina, sem razão, A mãe, a vó e a tia E se brincar puniria Até a quarta geração.


VII É esquisito que a igreja, Que tanto prega o perdão, Resolva excomungar médicos Que cumpriram sua missão E num beco sem saída Livraram uma pobre vida Do fel da desilusão.


VIII Mas o mundo está virado E cheio de desatinos: Missa virou presepada,Tem dança até do pepino, Padre que usa bermuda, Deixando mulher buchuda E bolindo com os meninos

.

IX Milhões morrendo de Aids: É grande a devastação, Mas a igreja acha bomFurunfar sem proteção E o padre prega na missa ue camisinha na lingüiça É uma coisa do Cão.


X E esta quem me contou Foi Lima do Camarão:Dom José excomungou A equipe de plantão,A família da menina E o ministro Temporão, Mas para o estuprador, Que por certo perdoou,O arcebispo reservou A vaga de sacristão.

terça-feira, 17 de março de 2009

SOU EU .ÁRIES...


Meu vôo é cego.

Pilotado pelo poder da minha vontade.

Este é o meu milagre, e sou uma testemunha arrebatada: eu acredito. Veementemente, alegremente, obstinadamente, cegamente, eu creio.

E por minha crença, sou capaz de matar e morrer.

Nasci empunhando uma espada e só me sinto confortável quando aspiro o cheiro dos louros da vitória, embora não me prenda a eles.

Não sou de saborear.

Minha avidez me compele a engolir.

Sou viciado no calor da batalha e só me sinto vivo quando vislumbro um desafio. Minha testa é dura, minha armadura é brilhante e minha gargalhada arrefece os sustos da mesma forma que a primavera vem derreter o gelo e tranformar os cinzentos do inverno com o verde-esperança dos brotos na terra, que sinalizam um novo começo.
Cheguei!

Sou eu, o Áries!