
Meu vôo é cego. 
Pilotado pelo poder da minha vontade. 
Este é o meu milagre, e sou uma testemunha arrebatada: eu acredito. Veementemente, alegremente, obstinadamente, cegamente, eu creio. 
E por minha crença, sou capaz de matar e morrer.
Nasci empunhando uma espada e só me sinto confortável quando aspiro o cheiro dos louros da vitória, embora não me prenda a eles.
Não sou de saborear. 
Minha avidez me compele a engolir. 
Sou viciado no calor da batalha e só me sinto vivo quando vislumbro um desafio. Minha testa é dura, minha armadura é brilhante e minha gargalhada arrefece os sustos da mesma forma que a primavera vem derreter o gelo e tranformar os cinzentos do inverno com o verde-esperança dos brotos na terra, que sinalizam um novo começo.
Cheguei!
Cheguei!
Sou eu, o Áries!

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